Lendo um texto sobre verticalização das cidades, uma crítica indecisa na verdade, como arquitetas e urbanistas, nos vimos no direito de expressar nossa opinião.
A questão não é definirmos se a verticalização e o adensamento populacional são bons ou ruins, a questão é que é claro que esta “solução” vem sendo a forma mais econômica e pouco preocupante de se “fazer cidade”.
Encontramos principalmente em grandes metrópoles um número restrito de lotes, capazes para suportar pequenos grupos de famílias, logo a solução mais viável é sim o adensamento, pois, em uma área onde se constrói e abriga poucas famílias, com a verticalização é possível que se abrigue mais famílias.
Reflexo disso se dá pela mobilidade urbana, pela questão econômica, arquitetônica, mas cabe a nós, arquitetos e urbanistas defendermos o que é correto, viável e nas mínimas condições de habitação.
Respondam-nos… Nas condições de você ter um vizinho de bloco e da sua janela conseguir cumprimenta-lo com um aperto de mão, pela janela dele, isso é bom ou ruim?
No planejamento das cidades, sempre pensamos nela de um macro para um micro, se na posição de micro já existe esta situação, poxa, ficamos sem dormir em pensar na situação do macro.
A fim de atendermos as demandas do mercado, mas principalmente as necessidades dos moradores e da capacidade espacial das cidades, escolhemos dois modelos de projetos que mostram claramente, a verticalização utilizada de uma forma muito favorável e funcional.
Edifício Girassol, Sâo Paulo – Frentes Arquitetura
Um edifício residencial totalmente assimétrico, de arquitetura com linhas incomuns que expressam flexibilidade e liberdade.
Além de um marco, devido à utilização de cor forte e atípica, utiliza-se de elementos leves, naturais, o que completam a integração deste com o local.
Mais informações sobre o projeto: http://www.frentes.com.br/job.php?idjob=0103&tipo=job&c=p
Edifício Montevidéu 285, Belo Horizonte – Vazio Arquitetura
A utilização de elementos diferenciados destaca este edifício dos prédios vizinhos. Não havendo área de lazer comum, o projeto foi pensado de forma a utilização do próprio apartamento como lazer.
Diversificar a fachada com elementos e alturas diferentes ajudou também na leveza do prédio comparado ao seu entorno.
Mais informações sobre o projeto: http://www.vazio.com.br/projetos/ed-montevideu-285/
Podemos destacar também que ambos possuem um gabarito de médio porte, tendo comunicação com o entorno e respeitando as normas locais.